1) Vamos entrevistar uma excepcional concurseira: Natalia Cesco, 12ª colocada no esperado e desejado concurso para Oficial de Justiça do TJSP – CJ de Presidente Prudente. Fale um pouco sobre você... quando e por quê começou a estudar para concurso? Qual a intensidade dos estudos nesse período e quais os concursos em que você foi aprovada? As perguntas que seguem foram todas formuladas por leitores.
Bom, primeiramente, obrigada por dividir este momento comigo. O senhor foi uma das primeiras pessoas que comentei sobre a conquista, antes mesmo dos meus pais.
Tenho 25 anos e sou graduada em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) mas desde o começo sabia que não era bem isso que eu queria, mas por pressão dos meus pais acabei terminando o curso e aprender a gostar. Mas não teve jeito. Entrei com 17 anos na faculdade, acho que estava muito imatura pra tomar uma decisão assim.
Quando me formei, não sabia o que fazer, foi quando vi o edital do concurso de Escrevente em 2007. Não fazia ideia do que se tratava: comprei a apostila e a devorei. Porém, sem sucesso. Minha sorte foi que naquele ano foram realizados 3 concursos de escrevente, então eu consegui revisar a matéria várias vezes até obter uma classificação razoável para quem há poucos meses nem sabia o que era inciso, artigos e parágrafos: 24º lugar em Presidente Venceslau.
Comecei a adentrar no mundo dos concursos. Conheci funcionários, vi a rotina de estudos do pessoal e comecei a frequentar comunidades no Orkut.
Tenho um ponto a meu favor: eu estou desempregada, por isso eu tenho bastante tempo livre para estudar. O meu segredo é estudar em bibliotecas, porque em casa ninguém respeita: é o telefone que toca e, por mais que você avise que não irá atender, sempre tem alguém que passa a ligação pra você. É a campainha que toca, é a vizinha que liga o som. Sem contar que a internet é o canto da sereia para mim. Então eu tapo os ouvidos fugindo daqui. Estudo das 9h às 12h30 mais ou menos, sempre descansando 10 a 15 minutos cada hora estudada. Retorno às 14h e sigo até às 18h.
No ano passado, tomei posse no cargo de Oficial da Defensoria. Porém, tive que assumir o cargo em São Paulo, para só depois de 1 ano poder retornar a Presidente Prudente. A remuneração não era suficiente para me manter por tanto tempo morando na capital, o custo de vida é alto, dentre muitos outros fatores.
Foi quando decidi pela exoneração e me dedicar a fundo para o TRT 15 que já estava com o edital aberto. Não deu tempo para me dedicar o suficiente e acabei não logrando êxito.
Aqui entra meu Calcanhar de Aquiles. Eu estava num período difícil: minha família não aceitou o fato de eu ter exonerado da Defensoria, eles não acreditavam que eu poderia passar em algum outro concurso da área jurídica, mesmo sendo nível médio, já que minha irmã, que é graduada em direito e à época dela não passou nos concursos que prestou, desistiu da carreira pública. Então para eles era difícil aceitar que eu poderia, sim, me tornar uma servidora pública.
No fim do ano passado, de tanta pressão e tanto negativismo, cheguei à conclusão de que concursos não era para mim mesmo. Foi quando comecei a fazer terapia, momento em que encontrei forças para vencer estes obstáculos: a partir daquele momento decidi que não contaria mais a meus pais meus planos e muito menos com o apoio deles. Passava a tarde toda fora, e minha mãe sempre me questionava onde eu estava. Eu dizia que tinha ido a algum curso, palestra, a alguma entrevista de emprego. Tudo, menos dizer que estava estudando. E quando parentes e amigos me perguntavam era o mesmo rito: desconversava e mudava de assunto.
2) Gostaria de saber quanto tempo você estudou, se já havia prestado outros concursos anteriormente.
Como disse anteriormente, comecei a estudar em maio de 2007, ano em que realizei minhas primeiras provas, que foi de Escrevente. Lembro-me, até hoje, ao sair de casa, pela manhã, minha primeira prova, na cidade de Assis, a uns 120 km de Prudente, minha mãe no portão, ao invés de dizer boa sorte, me disse: "2000 candidatos para uma vaga? Você está jogando dinheiro fora. Desista enquanto é tempo" Segurei as lágrimas, entrei no carro da minha carona e fui. Sem muita fé, admito. Nesta prova tirei uma nota um pouco acima de 6, não me recordo. Segunda prova de escrevente, foi na minha cidade, também não me classifiquei, mas já tinha avançado na pontuação. No terceiro edital, pensei: é agora. Foi onde intensifiquei de verdade meus estudos, após uma pausa para "afiar o machado" e ler o William Douglas. O livro dele é como uma bíblia para mim. Ali encontro as palavras de conforto e de apoio que não tenho em casa.
Se me perguntarem: Quantas provas você já prestou? Não sei contabilizar. Foram inúmeras viagens, inscrições, livros. Hoje eu estou mais ponderada e não atiro para os quatro cantos. Foco em apenas um concurso e me dedico única e exclusivamente a ele. Cada concurso que eu não sou aprovada é um fardo que carrego nas costas de pensar "Poxa, não foi desta vez de novo". E meus pais, nas primeiras provas, até ajudavam com a grana. Agora, após ter exonerado da Defensoria, tudo corre por minha conta. Faço alguns trabalhos na minha área de atuação para alguns clientes, e é o que me mantém nesta jornada.
3) Você sempre foi uma boa estudante ou só agora aflorou o gosto pelo estudo?
Sempre fui boa aluna. Mas nunca tinha uma rotina regrada de estudos. Na escola ia muito bem nas matérias que eu gostava. Nas que eu não gostava, aprendia a gostar, porque eu saberia que mais cedo ou mais tarde precisaria delas (isso pensando em vestibular). Eu sempre estudei em escola estadual, na cidade onde eu morava nem tinha escola particular na época. Então nunca me vi forçada a estudar de verdade, o ensino era bem precário. Hoje vejo meus sobrinhos, que estudam em escola particular, reclamarem da rotina de estudos que eles têm. Sinto falta de não ter começado a me dedicar assim como eles quando era menor. Mas nunca é tarde para se começar. Nunca! Não tive oportunidade e nem consciência da importância de se estudar pra valer. Hoje sou mais instruída e recupero o tempo perdido. Na faculdade sempre tive uma certa facilidade em captar as coisas, isso me ajudou e ajuda bastante. Neste período passei a me dedicar de verdade e frequentar a biblioteca com certa assiduidade.
4) Qual foi o cronograma de estudo que vc seguiu.
Eu pegava o edital e dividia as matérias de acordo com os dias que eu tinha disponíveis até a sexta-feira anterior à prova. Eu me ordenava de uma maneira que eu tivesse tempo de estudar o conteúdo exigido, pudesse revisá-lo, realizar exercícios e revisar as questões que eu havia errado, além de realizar as provas anteriores.
5) Como fez seu plano de estudos?
Eu começava sempre pelas matérias mais difíceis. Eu não consigo começar outra disciplina se não tiver acabado a que comecei. Esta é uma particularidade minha, o recomendado por especialistas da área é estudar um pouco de cada coisa por dia, intercalar. Mas pra mim este método não funciona.
Seguia à risca o planejamento que eu fazia. Eu tinha meta. Por ex: do dia 05 ao dia 13 eu preciso estudar toda a matéria de penal, revisar e fazer exercícios. Para passar no concurso eu cito um ensinamento do William Douglas: é como um relacionamento. Se você está interessado numa pessoa, você vai lá fica com ela um dia, outro não, o faz quando é conveniente. Agora se você tem um compromisso com ela, ai a coisa muda: você tem que se dedicar a esta pessoa. Concurso funciona da mesma forma: você não pode ter apenas interesse em estudar. Você tem que assumir um compromisso. Cumprir à risca o plano de estudos é crucial para o sucesso nas provas.
6) Quais materiais você utilizou (apostila prof. Douglas ou outras, livro de doutrina, vídeo-aula, etc..)??
No começo frequentei alguns cursinhos como LFG e Damásio. LFG a parte jurídica é impecável. No Damásio os professores de Português, Informática e Matemática não têm comparação. Então eu fiz um pouquinho de cada curso e agreguei conhecimentos adquiridos. Eu não tinha muita paciência de ficar 4h sentada em frente a uma parede branca. Fazer cursinho é essencial, principalmente quando se está adentro ao mundo dos concursos. Mas o que vale mais mesmo é a horas de bumbum na cadeira. Estudar, revisar e fazer exercícios. Passar em concurso não tem segredo. É se ORGANIZAR e ter comprometimento. E lembrar que tempo se faz, ok? Basta ter aquilo como meta. Quanto menos você procrastinar, mais cedo você se livra dos estudos.
Friso aqui a importância da apostila do prof. Douglas. Eu não faço ideia nem de como seja a fisionomia deste estimado e competentíssimo professor. A bateria de exercícios que ele elabora é um diferencial imensurável. É muito difícil encontrar um material de exercícios de boa qualidade e atualizado, e numa linguagem acessível. A apostila de comentários às Normas é uma obra prima!!! (obs: não tô puxando saco e nem ganhando nada pra isso - o Douglas sempre foi muito atencioso e prestativo comigo, estou retribuindo e reconhecendo o trabalho dele. Questão de mérito!)
As aulas da TV Justiça -Aprender Direito e Prova Final são disponibilizadas gratuitamente no You Tube. São aulas com professores fantásticos, acessível e compreensível. É só digitar o tema e procurar. Tem praticamente tudo lá. Me ajudou bastante na prova do TRF, nem precisei de cursinho.
7) Como você fez pra decorar tudo de direito? É certo que a prova pra escrevente é pura decoreba, mas como você aprimorou a técnica? Outra pergunta, como você fez pra ganhar tempo nas questões de matemática? As fez em primeiro lugar ou deixou pro fim? Como você fez com as respostas (passar a limpo) , já ia respondendo no gabarito ou deixa pro final? Como você estudou pra informática? Usa apostilas?
Olha... como eu fiz pra decorar? Eu sempre fui péeeeeeessima em decoreba. Mas vamos lá. Primeiro que eu não sou da área. Os juristas são parecidos com os médicos: gostam de uma palavrinha bonita e de gastar o português rsrsrs. No começo um dicionário jurídico ajudou (até hoje ajuda)
O que eu fazia? Tentava associar a teoria à prática. Eu assistia às audiências no Fórum ou simulados na OAB e faculdades, pegava um mandado para ver como era. Eu sentia o processo na prática. Ai fica mais fácil assimilar. E sempre que eu tinha dúvidas perguntava a advogados, nas comunidades do Orkut. Não tinha medo de perguntar. A pergunta mais idiota é aquela que você não faz. Quem pergunta é bobo por 5 minutos. Quem não pergunta é pro resto da vida.
Então eu ia estudando e imaginando como seria isso na prática.
Sim, escrevente é decoreba. É letra da lei. O que eles fazem é trocar palavras como "é vedado" por "é permitido". Dai a importância de se praticar exercícios e provas anteriores: você vai ficando esperto com as palavrinhas trocadas onde o examinador tenta te pegar.
Questões de matemáticas? Posso pular ou perguntar aos universitários? rsrsrs Sim, ERA meu outro calcanhar de aquiles. Tive que aprender a gostar da danada. Investi em livros da área, assisti a algumas aulas em cursinhos e vídeo-aulas, como o do Vestibulando Digital (dá um google, acho até que deve ter no You Tube, não tenho certeza). Dica: realizar muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuitos exercícios. Se mesmo assim tiver em dúvida, tem um fórum do PCI concursos onde pessoal que manja da área responde suas dúvidas e resolve questões. É fundamental ter domínio da matéria. Por ser uma disciplina que muitos candidatos têm dúvidas, ela pode e geralmente é o fator que decide sua aprovação ou não. Sempre deixo matemática por último. Sempre. Pra mim é melhor. Porque se a fizer antes eu fico querendo resolver a questão e me perco no tempo. E sempre deixo as mais complicadas pro final.
Gabarito. Dica mega-ultra-power importante. Sempre ouvi: passe tudo de uma vez só, senão não dá tempo. Isso é verdade: passar tudo de uma vez é mais rápido. Então eu sempre reservo 30 ou 20 minutos para fazê-lo com calma e tranquilidade. Só que a anta aqui, já passava diretamente à caneta. Resultado: TRF perdi 4 questões e OJ perdi 3. Ai um amigo falou: "Ná, é só você fazer um risquinho a lápis no gabarito, conferir com a prova e só depois passar a caneta". Por favor: façam isso! Não vai tomar muito do seu tempo e vai evitar possíveis erros. Não tenha a síndrome de super-homem: Isso pode sim acontecer com você. Aconteceu comigo. E não foi uma, nem duas. Foram umas 3 ou 4 vezes. Sim, me curei da síndrome. rs
Uma dica que recebi esses dias de uma amiga (beijo, Jú) é usar caneta preta gel. Tem uma da Bic. Sempre me disseram que a caneta a gel não permitia a leitura do gabarito. Ela disse que sempre usou, e que o gabarito é preenchido em instantes. Como a dica é recente, vou utilizá-la na próxima prova de escrevente.
Informática eu já fui monitora, já fui voluntária na área. Então pra mim é mais tranquilo. Só que sempre tenho que estudar. Eu sei usar na prática, eu sei onde tá a tabulação, mas não decoro em qual menu ela está. Então tento no dia a dia gravar a localização, pois eles amam perguntar isso. Dica: aprendam a fazer as fórmulas do Excel na raça. Tem uns macetes sobre isso. (Santo google novamente). A Vunesp ama perguntar fórmulas do Excel e seus respectivos resultados. E acredito que ela vai perguntar de novo na prova de escrevente. rsrs Ah! Ela gosta bastante de power-point também. A dica é praticar. Pega uma frase de um autor que você goste e faça aquelas apresentações em Power Point, decore as extensões do arquivo, salve-as de várias formas. Só que depois de pronta, se você for meu amigo, não me encaminhe. Odeio e-mail PowerPoint. Eu nem abro. Deleto de cara. rs (#FicaDica)
Não tenho nenhum material específico de informática: se tiver dúvida, pego algum material na internet dou um google e vou praticando também.
8) Quantas horas estudava por dia e como fez seu plano de estudos? Você lia, estudava em voz alta, escrevia, fazia exercicios, em resumo como vc estudava?
Horas por dia já foi mencionado. Eu meio que me flexibilizo no horário quando é preciso. Meu método é seguir à risca meu plano de estudos e terminar de estudar a matéria na data programada.
Lia normal, em silêncio, mas sempre estudando na biblioteca da faculdade Toledo (é um silêncio indescritível) E criava cenas, imaginando como é na prática. Ex: Se lá tá escrito "O juiz pode proferir a sentença na hora ou em até 10 dias" eu me imaginava sendo a juíza, com uma lide também fictícia e avaliando se eu iria proferir a sentença naquele momento ou se usaria o prazo de 10 dias. É... comigo funciona. Como diz o prof. João Bolognesi "Se você está quase ficando louco, é porque você está quase passando num concurso" Então, relaxa. É assim mesmo que funciona rs.
Eu também uso de recursos mnemônicos. Eu tenho um ótimo que eu mesma fiz do art. 4º da CF. Quem tiver interesse depois me manda e-mail com o título "SHIP 3.2" que eu repasso.(nataliacesco@gmail.com)
09) Queria saber como vc estudou atualidades e informática, como estudou na ultima semana de estudo e na véspera da prova? e se vc estudou sozinha, fez cursinho, ou grupo de estudos? Estudava em voz alta, voz baixa, lia, rascunhava, escrevia? Enfim, qual o metódo que vc usou?
Atualidades é assistir ao Jornal Nacional. É ler as notícias da Internet. Isso não tem muito segredo. Tem que ficar antenado. Véspera de prova eu dou uma lida nos prazos principais... A Vunesp gosta de cobrar prazo, então eu pago. Mas nada extenuante, hein? No dia seguinte você vai colher o que plantou. Não adianta querer plantar a semente num dia antes e querer colher os frutos no dia seguinte. Só é válido regar a plantinha, mas bem pouquinho, pra ela não se afogar ;)
Eu só escrevia ou rascunhava aquilo que tava difícil de assimilar, mesmo através da minha imaginação fértil. Ai eu escrevia, porque você fixa melhor aquilo que você escreve e passava a caneta marca texto AMARELA (dizem que tem uma comprovação científica de que essa cor ajuda na memorização, ainda não pesquisei isso, vou averiguar ;) Quando é algo muito extensivo ai sim crio os mnemônicos. Mas também não adianta exagerar com as macetes, tudo em excesso pode prejudicar.
Sempre estudei sozinha. Eu, mulher, estudar em grupo? Não dá, eu não vou parar de falar rsrsrs (basta ver o tamanho da minha entrevista =) Tentei uma vez com uma amiga. Mas não deu muito certo, não. Tem que estar todo mundo comprometido, na mesma sintonia, e com mais ou menos o mesmo nível de estudos. O legal é ensinar a algum colega aquilo que você sabe. Quem ensina aprende também, e ajuda a revisar. Você ajuda alguém e se ajuda. Quando sobra um tempinho ajudo uns colegas iniciantes. E é muito gratificante.
Bom, as outras perguntas acredito que já tenha respondido nas questões anteriores.
10) Como estava seu estado de espírito antes, durante, na véspera e depois da prova? Você estava nervosa, confiante, aflita, tranquila...
Confiante. SEMPRE! "Se quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo. Quem acredita sempre alcança" - recomendo que você escute a música que contém este excerto: Mais uma vez - Renato Russo
Confiante sempre. Depois que eu li o livro "O Segredo" (recomendo), passei a praticá-lo. Como relatei anteriormente, minha família não confia no meu taco. Mas bastou que EU confiasse. Claro que às vezes dá um medinho, um friozinho na barriga, é uma ansiedade natural, medo do novo. Mas ai basta pensar que você estudou tudo direitinho, se dedicou e que vai fazer a melhor prova da sua vida. Pensamento positivo. Congratule-se por estar ali, muita gente nem vai a uma prova com medo de não passar. Você está ali, dedicando seu tempo, em pleno domingão. Então, aproveite. Este pode ser seu último domingo como candidato. Que tal da próxima vez você ir a uma prova, mas sendo fiscal e ganhando para isso? Depende única e exclusivamente de você.
Depois da prova, eu participo de fóruns e rankings, para ter uma ideia do meu desempenho. Não é saudável, admito. Se você puder evitar, evite. Gera só mais ansiedade. Mas dá pra ter uma noção de como você foi, então pra mim é inevitável. Eu posto minhas notas do ranking do SuperConcurseiros e participo do Fórum do PCI concursos.
E claro. Refaço a prova depois. Aquelas questões que você errou, revise-as, procure o artigo. Tenha certeza que nunca mais você vai errar uma questão similar a esta.
Uma dica do professor William Douglas é: na hora da prova, antes de iniciar, durante ou a qualquer momento em que se sentir aflito, feche os olhos, respire fundo, imagine-se em um lugar onde gostaria de estar ou que te dê prazer. Essa pausa te ajuda a oxigenar o cérebro e relaxar. Sempre faço. Eu não bebo muuuita água senão eu perco tempo indo ao banheiro depois. Antes de entrar na sala vá ao banheiro. Mas beber água ajuda. E prova de concurso é desculpa pra sair da dieta e comer chocolate sem culpa, libera serotonina e é uma delícia rs
11) Por acaso vc saiu da prova confiante?
Sai com a sensação de dever cumprido, aliviada. Eu tinha estudado bastante, revisado, feito tudo direitinho. Eu consegui resolver as questões com confiança naquilo em que eu estava respondendo, com exceção de Processo Civil que na prova de Oficial de Justiça não me desce até hoje. Sai triste sim, por ter 3 questões perdidas por burrice minha. Fiquei murchinha por alguns dias, mas nós concurseiros precisamos ter o dom da resiliência: sermos que nem esponjas, por mais que sofram pressão, elas conseguem voltar a sua forma original.
12) Quais matérias vc gabaritou? E atualidades, Matematica e Informatica vc conseguiu acertar todas?
Vou tentar recordar: Normas, Constitucional, Penal e Administrativo. Lembro que informática e português não gabaritei por conta desses 3 errinhos no gabarito. Mas sorte que vi a tempo.
Matemática errei uma. Atualidades eu sabia três e chutei uma certa.
13) Você começou a estudar quando saiu o edital ou já estudava estudando antes? Quanto tempo esta estudando?
Comecei a estudar assim que saiu o edital. Eu tenho um vício a ser sanado: só pego pra estudar pra valer quando o edital abre. Claro que matérias como Constitucional que caem em todo concurso a facilidade é maior, porque sempre a gente tem que estudar, então deixo para rever por último, mas nunca desprezo nenhuma matéria. Lembre-se da síndrome de super-homem. Nunca é demais estudar.
14) Olá, gostaria de saber quanto ao lazer vc realmente aboliu em sua vida enquanto estudava? Você conseguia estudar todos os dias sem exceção? Tinha dias que o estudo não rendia? Quantos dias foram de estudo?
Uma coisa que eu não abria mão era do meu lazer. Final de semana era sagrado, tanto porque só vejo meu namorado nos finais de semana, porque ele não mora aqui. E eu precisava estar com ele, pois ele é quem me dava o apoio e o ombro pra chorar. Ele e os pais dele (e pouquíssimas amigas) eram os únicos quem sabiam que eu estava estudando, quando seria minha prova, qual prova eu iria prestar. Acho que todo mundo precisava ter um namorado como o meu (mas vejam bem, este já é meu rsrs): a força que ele me deu, o incentivo, o carinho, os puxões de orelha, tudo isso me fez conquistar essa classificação. Peço licença a todos: Amor, amo você!!! ♥
Como eu disse, eu tinha uma meta a cumprir, então eu conseguia flexibilizar meus horários. Mas teve dias sim em que eu me dava de presente, eu ficava estagnada. Ai o estudo não rendia. Então eu parava, me dava aquele dia de presente, curtia tudo. E depois retomava meus estudos, nem que precisasse se estender até mais tarde. Neste horário de estudo não incluo o tempo em eu assistia vídeo aulas da Tv Justiça pela internet. Para mim, assistir a essas aulas era uma forma de lazer. Aviso aos desaviados: estou longe de ser uma nerd, tá? rs Mas é que enxergar as coisas dessa forma facilita. É um processo difícil, mas não chega a doer e é possível. É questão de querer, de se determinar a isso, de se comprometer.
15) Obrigado Nati pela entrevista. Aproveite para deixar uma mensagem aos concurseiros e pode fazer a “Pergunta do Dia”. Pode deixar uma pergunta para os leitores sobre qualquer coisa que você quiser.
Ufa. terminei. Desculpa gente, mas eu tentei passar brevemente, de uma forma não muito sucinta, reconheço, rs, o que me ajudou e espero, do fundo do meu coração, que meu relato te ajude de alguma forma e que você possa ser a próxima pessoa a ser entrevistada pelo tio Douglas. Deixo aqui recomendado que assistam "A procura da felicidade" com o Will Smith e leiam o livro do William Douglas, não precisa ser a versão bíblia que ele tem, tem um mais sucinto que ele fez junto com o LFG. Procurem uma motivação, cada um tem a sua: um carro, uma casa, viagens, produtos de beleza (alô piruinhas de plantão! rsrs), realização pessoal, profissional. Lembre-se dela toda vez que bater desânimo. É normal. Todo mundo que estuda uma hora ou outra passa por isso. E no momento em que menos esperar, vai conquistar a tão suada e sonhada vaga.
Minha pergunta é: O que você tá esperando pra começar o projeto que vai transformar sua vida? Não procrastine. Se alguma coisa tem que ser feita, ela deve ser realizada imediatamente e de uma forma exímia. Quem faz as coisas mal feitas tem trabalho dobrado, porque vai ter que refazer se quiser realmente alcançar o objetivo. Comprometa-se com o seu projeto.
Prometa uma coisa a você : " Nunca deixe que ninguém diga que você não pode fazer algo" - frase do personagem Will Smith no filme que citei.
Agora, acrescente a esta leitura, a receita do professor Douglas. Nos vemos pelos tribunais.
Professor, obrigada pelo carinho, apoio e pelo espaço. Parte desta conquista devo a você também.
Beijo pra todo mundo e quem quiser falar comigo é nataliacesco@gmail.com ou deixa pergunta aqui que também respondo.
Bons estudos!!!
Natália Cesco.
9 comentários:
Natália, meus parabéns!
Esse site é muito bom mesmo, pois nos dá injeções de ânimo.
Um abraço!
Raquel Monteiro
Raquel, super obrigada. Essas injeções são necessárias mesmo, nem que seja na testa rsrsrs.
Um bjo
Natália,
eu sou o autor da pergunta 3.
Diga para todos que foi a melhor pergunta que vc respondeu!rs
Brincadeira!rs
Parabéns pelo seu progresso do TJ 2007 até esse de OJ!
Seu relato foi inspirador!
E foi interessante vc ter falado de sua família, pois muitos têm problemas desse tipo em casa e acabam sucumbindo.
Interessante vc ter mencionado o fórum de matemática. Os caras ajudam bastante: Icomenezes, Tiririca, Zé Edu e outros que desconheço, já que não participo mais.
Bem!
Espero que vc nunca me traga um madado de prisão!rs
Zoeira
B.C.
Oi "BC" super obrigada pelas suas palavras. A pergunta número 3 foi uma das 15 melhores que eu respondi ;)
Tá, se eu tiver um mandado de prisão contra vc me declaro suspeita rsrsrs, mas acredito q vc naum passará por isso =))
Bjoca e + 1 vez, mto obrigada!!!
Que inspirador sua história Renata.
Também exonerei de um cargo municipal rescentemente e parte de minha familia não aceitou muito bem minha escolha...
A outra parte (minha mãe) nem sabe disso ainda...
Mas, eu sonho, logo existo, logo vale a pena lutar por aquilo que se quer não é???
Como diz o Renato: "Confie em si mesmo.... quem acredita SEMPRE alcança!
Pq será q desde pqna mta gente me chama de Renata? Será q são resquícíos de vidas passadas? rsrsrs
Brincadeiras a parte, o importante é que você viu q naum tá sozinho(a) nesta.
Não sei em que situação vc se encontra no momento, se depende dos seus pais. Essa é uma decisão q soh cabe a você. No começo, pra mim, foi barra, tive q ficar na casa dos pais do meu namorado por 1 semana antes de voltar pra casa.
E por um bom tempo, sempre que havia uma brechinha isso era jogado na minha cara. E se não tinha essa brecha, criava-se.
Tenha em mente o que você é e o que você quer pra você. De resto, o próprio nome já diz: é resto.
A vida eh sua e cabe vc decidir o q fazer dela. Então, força, respire e fundo e logo vc vai superar tudoisso.
Espero q consiga sua aprovação em outro cargo ou q vc se realize fazendo outra coisa. Sucesso!!!
Respondendo sua pergunta: Sim, vale muuuuito a pena!
Natalia, parabéns pela garra, sei que é difícil a decisão de sair de um cargo já empossado para apenas estudar para outro.
No meu caso não havia sido empossado ainda, mas desde que comecei a estudar pra concursos a Polícia Federal sempre foi meu foco, então, ano passado passei para o cargo de Agente da PF, mas depois de quase 4 meses no curso de formação, ví que aquilo não era pra mim, e que eu não queria ir para a região norte, daí resovi pedir o desligamento do curso... graças a deus minha família me apoia e posso continuar traquilamente na minha luta para aprovação em outro cargo.
Mais uma vez parabéns.
Abraço
Rodolfo Cunha
Rodolfo, super parabéns pela sua atitude e coragem. Eu imagino quantos "meu, vc tá louco fazer isso?" você deve ter escutado... Além de lutar por naquilo que você achava que queria, foi lá, tentou, vivenciou e tirou a dúvida e percebeu que não era pra você.
O apoio da família numa decisão dessa é um conforto imensurável, tô com uma invejinha branca de você rsrsrrs Mas meu namorado me dá o ombro, o cotovelo e o corpo todo se for preciso pra me consolar =))
Mas nada é perdido. A sensação de vocÊ já ter passado em um concurso tê dá motivação de acreditar e conseguir encarar os estudos pra passar em outro. Sucesso pra você e nos conte qdo passar no próximo. Tô na torcida
=)) Bjoca ;*
Parabéns Natália....pessoas como vc nos dá ânimo para seguir em frente,,,,sou func públ municipal e pretendo mudar essa situação para melhor, ás vezes o comodismo nos leva a ficar parados em um cargo com salário baixo e ficar adiando os estudos para uma nova chance, qdo aparece concurso, nos dá ânimo, mas na hora de estudar pra valer,,,é fogo...preciso mudar isso... e aprender raciocínio Lógico, ou melhor aprender a gostar...rs
um bj
boa sorte..
Gi
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