Boa noite, professor! Gostaria de saber se caberia recurso na questão sobre os brasileiros natos, já que não foi mencionada no edital a Emenda nº 54/2007. Obrigada! M.K. ...... O STJ decidiu recentemente o seguinte: Prova de concurso público pode cobrar alterações legislativas posteriores ao edital | ||
A prova aplicada em concurso público pode conter questões baseadas em alterações legislativas posteriores à publicação do edital do certame. O entendimento é da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os ministros mantiveram duas questões da prova para cargos no Tribunal de Justiça do Espírito Santo baseadas no conteúdo da Emenda Constitucional 45, de 2004, promulgada após o edital do certame. A decisão da Turma foi unânime. Segundo o relator do processo, ministro Arnaldo Esteves Lima, o conteúdo cobrado no concurso em debate estava dentro do estabelecido no edital. Além disso, salientou o relator, "não foi estabelecido expressamente no edital prazo limite para que fossem incluídas nas provas modificações legislativas relacionadas ao conteúdo programático". A candidata I.S. recorreu ao STJ para tentar anular as questões 27 e 28 da prova objetiva do concurso para os cargos de oficial de justiça oficializado e de escrevente juramentado do Tribunal de Justiça do Espírito Santo. As questões testaram conhecimentos a respeito da Emenda Constitucional 45, de dezembro de 2004, promulgada após o lançamento do edital 13/04-TJ/ES do concurso, ato realizado em abril daquele ano. Para a candidata, "é induvidoso que esta matéria (EC 45/04) não estava prevista no edital" e, por isso, não poderia ser objeto da prova. O pedido de anulação das questões foi negado pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES). Para o TJ, o conteúdo estava previsto no Capítulo III do edital, que tratava do Poder Judiciário. Com isso, o concorrente deveria ter conhecimento das modificações legislativas operadas entre as datas da publicação do edital e da realização das provas. O ministro Arnaldo Esteves Lima confirmou o entendimento do TJ-ES. Segundo o relator, no conteúdo programático do concurso estava prevista a exigência de conhecimentos sobre o Poder Judiciário e a organização do Estado, da Administração Pública, dos servidores públicos, entre outros. Com base nisso, "tem-se que a exigência relativa à emenda constitucional que modificou o texto da Constituição no tocante ao Poder Judiciário não se desvinculou do edital", salientou o ministro. O relator enfatizou não verificar "surpresa na exigência", pois "o concurso público destina-se a provimento de cargos no Poder Judiciário. Há uma vinculação direta entre as funções a serem exercidas e o conteúdo requerido. Competia ao candidato remanescer atento a quaisquer alterações, principalmente as de natureza constitucional". O ministro lembrou, ainda, não constar do edital prazo limite para a inclusão de alterações legislativas relacionadas ao conteúdo programático do certame. E, além disso, "entre a data da promulgação da Emenda Constitucional 45/04 e a da realização das provas, em abril de 2005, decorreu um tempo razoável, superior a três meses, suficiente para que o candidato se preparasse adequadamente". Processos: RMS 21743 Fonte: Superior Tribunal de Justiça | ||
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domingo, 25 de novembro de 2007
Dúvida
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5 comentários:
Em relação a de constitucional (brasileiros natos) está correto visto que no edital já consta "...com suas alterações vigentes..."!
Acho que seria importante criar um tópico para tratar do problema que ocorreu com a falta de versões da prova realizada em Tupã.
Cabe recurso sim! Embora não conste no edital a cobrança da EC 54, a alternativa está imcompleta, pois além de se exigir o registro, para se fazer a opção da nacionalidade brasileira, a pessoa tem que atingir a maioridade, podendo requerê-la a qualquer tempo. Está faltando ess condição na alternativa. Portanto, recurso nela!
Professor Douglas,
No fórum do PCI da cidade de Tupã está havendo uma polêmica no tocante à anulação deste concurso em virtude de em uma faculdade a Vunesp só mandou provas versão 1 e 2, porém foi mandado os gabaritos das versões 3 e 4 e os candidatos não possuíam as referidas versões. Provavelmente alguém irá pedir a anulação do concurso. É possível Professor?
Um abraço,
Leonardo
A decisão do Tribunal dizia respeito a um edtial que fazia referencia as leis vigentes, no caso do edital da Vunesp ela citou nominalmente as Emendas que seriam cobradas na prova, conforme transcrito abaixo, DIREITO CONSTITUCIONAL: Constituição Federal – com as alterações vigentes - Título II, Capítulos I, II, III e IV e Título III, Capítulo VII, Seções I e II, com as alterações das Emendas Constitucionais nºs 19, 20, 34, 41 e 47. Acho que cabe um belo recurso.
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