Para quem não me conhece, sou concurseira há cinco anos, atuei como cirurgiã-dentista por 10 anos, mas, depois que nasceu minha filha, uma grande insegurança surgiu, e senti que precisava de um emprego estável, com um bom salário. Descobri, então, o mundo dos concursos públicos e me matriculei no curso básico da Unicursos.Isso tudo aconteceu em 2005, na mesma época em que o professor Douglas começou a dar aulas lá.
No início, como não havia concursos com editais iminentes ou abertos, eu assistia às aulas de segunda à sexta, e estudava mais ou menos uma hora em casa. Eu não dispunha de muito tempo, uma vez que minha filha era muito pequena, e exigia demais do meu tempo. Eu assistia às aulas enquanto ela estava na escolinha, e estudava à noite, depois que ela dormia.
Nunca fiz mapa mental, e, dificilmente, conseguia seguir à risca meu cronograma de estudos, pois minha vida sempre foi muito turbulenta. Eu tentava, na medida do possível, separar um dia da semana para as matérias mais fáceis e dois dias para as mais difíceis. Isso incluía o sábado inteiro e o domingo de manhã.
Para otimizar o tempo, eu sempre estudava lendo, escrevendo e falando alto, ou seja, usava todo os meus sentidos para tentar absorver o máximo possível da matéria. Também colava papéis pela casa, com dicas, macetes, mnemônicos...Chega a ser engraçado, pois, onde eu ia, tinha alguma coisa grudada...rsrsrs.
Conforme fui me aprimorando nos estudos, comecei a sentir quais eram minhas maiores dificuldades, e, para elas, no meu caso informática e atualidades, intensifiquei os estudos.
Em relação ao material de estudo, as únicas matérias em que adquiri algo que não fosse da própria escola, foram informática, que me entupi de livros, atualidades, que pesquisava em sites da internet, e as apostilas do Douglas, que foram verdadeiras salvações.
As pessoas me peguntam como é possível decorar tanta informação, principalmente na área de Direito, que nada tem a ver com minha formação. A resposta é: estudar, estudar e estudar. E, cada vez que você lê algo pela segunda, terceira vez, vai ficando mais fácil.
Sobre as aprovações:
No final de 2005, surgiu o primeiro concurso, da Prefeitura de SJC. Eu fiz, fui muito bem, com média 8,5, mas fui apenas habilitada, 230º lugar. Daí percebi que não bastava passar, tinha que passar bem...rsrs.
Logo depois, veio o concurso da Polícia Civil. Fiz a prova para Agente de Telecomunicações, fui aprovada, bem colocada (8º lugar), mas desisti do cargo, pois foi bem naquela época em que tivemos que fechar as portas devido às ameaças do PCC, lembram? Várias cidades tiveram toque de recolher, um terror só, e eu "amarelei". Mas, de qualquer forma, foi minha primeira aprovação de verdade.
O ano de 2006 foi meu divisor de águas. No segundo semestre abriu concurso para Oficial de Promotoria da Capital, e eu, estudando tranqüilamente, fui tentar. Não fui classificada por uma questão apenas, uminha só...Puxa, aquilo foi terrível! Se eu tivesse estudado um pouquinho mais, me empenhado um pouquinho mais...Essas frases não saíam da minha cabeça! Foi quando resolvi virar a página, e comecei a estudar mais forte, com mais empenho. Sempre fui excelente aluna na escola e sempre gostei de estudar, então, por que não forçar um pouquinho mais?
Em outubro do mesmo ano veio meu maior trunfo, o concurso para Oficial de Promotoria da Regional de Taubaté. Passei em 29ª colocação. Enquanto esperava ser chamada, fui aprovada nos concursos para escrevente de Mogi das Cruzes (2º lugar), São José dos Campos (7º lugar) e Caraguatatuba (3º lugar). Fui também habilitada no concurso do TRT de São Paulo (51ª colocação).
Então, em outubro de 2008, veio a sonhada nomeação. Posso garantir que foi um dos dias mais felizes da minha vida, pois, além de ser um sonho realizado, ainda fui nomeada para a cidade que mais amo no mundo, onde cresci e passei os melhores momentos da minha vida, que é Ubatuba!
Em 2009 saiu o tão esperado concurso para Oficial de Justiça. Na época, eu já estava trabalhando na Promotoria, dispunha de pouquíssimo tempo, e lembro de ter falado para o Douglas que talvez não conseguisse passar, mas tentaria mesmo assim...Sinceramente, eu fiz o que pude, e graças a Deus, consegui ficar em 4º lugar, dentro do número de vagas.
É possível sim passar bem classificado em um concurso sem estudar 8, 10, 12 horas por dia. Sou prova viva disto. Se você dispõe de uma hora por dia, não precisa se apavorar, apenas faça essa hora valer a pena. Desligue o telefone, a televisão, fique em silêncio, e tente absorver o máximo possível da matéria. Faça exercícios, leia, escreva, fale, invente mnemônicos, músicas (o Professor Fábio é bom nisto...hehe), mas insista, que, com certeza chegará lá!.
E não se esqueça que o maior segrdo é NUNCA NUNCA MESMO DESISTIR. Os verdadeiros guerreiros não desistem, eles lutam sempre.
Vale a pena o esforço.
Abraços,
Simone Hartmann
5 comentários:
simone, me identifiquei muito com vc pois tb sou concurseira desde 2007, já passei em alguns concursos e aguardo convocação. Mas não desisto ... Tenho 2 filhos e pouco tempo para estudar mas continuo na LUTA. abraços Leticia
simone, me identifiquei muito com vc, tenho 2 filhos e poucas horas para estudar, já passei em alguns concursos, mas continuo na luta até a CONVOCAÇÂO !!!! abraços leticia
Parabéns, Simone, vc é uma vencedora! Eu sou concurseira há 10 anos, desde a época da faculdade, já fui aprovada em 3 concursos públicos, assumi dois deles. Também trabalhava como advogada enquanto estudava, então, o tempo sempre foi curto! Hoje sou escrevente em minha cidade natal, assim como vc! E muito feliz! E digo para os concurseiros de plantão que nunca desistam, pois tudo na vida tem seu momento certo e com certeza conseguirão seus objetivos!
Abraços
Mary
Também me identifico com vcs. Tenho uma filha e um marido que, apesar de me apoiar, não entende mto pq tento aproveitar todo tempo possivel para os estudos. Trabalho oitos horas por dia, faço faculdade e ainda estou metida nessa "loucura boa" de concursos...
Mas eu vou conseguir!!!!
Simone, você é mesmo um exemplo a seguirmos. Parabéns! Sucesso de novo!
Raquel Monteiro
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