APRENDENDO A INTERPRETAR TEXTOS
A disciplina de Português nos concursos da Fundação Carlos Chagas é famosa pelo alto nível de dificuldade nas questões de interpretação de texto, e, é, sem dúvida, decisiva na classificação dos candidatos. Diferentemente de outras matérias, o aprendizado da interpretação não se restringe a simplesmente memorizar conceitos ou conjuntos de regras, o que torna a disciplina conhecida como a grande “vilã” dos concursos.
O primeiro e grande obstáculo que pude observar nesses anos de concurseira é a maneira como a disciplina é passada aos alunos nos cursinhos, pois cada professor tem uma didática diferente. Há os que dizem que devemos ler todo o texto várias vezes, outros já nos aconselham a apenas grifarmos os pontos principais, e há ainda os mais radicais, que nos falam para não ler o texto, partir direto para as questões, e depois ir procurando as respostas lendo apenas o parágrafo onde elas encontram.
Além disso, outro grande problema é a falta do hábito da leitura, muito comum entre os concursandos, que, na ânsia de obter a aprovação, acabam por ler apenas as matérias do Edital, esquecendo-se dos jornais e revistas, tão necessários à compreensão dos textos e ao bom desempenho na Redação. Some-se a isto a ansiedade no momento da prova, que bloqueia o candidato, a ponto de ler o texto várias vezes, e não compreender nada do que está escrito.
Seguem, então, algumas dicas de como melhorar o desempenho na prova de interpretação:
Em relação ao estilo dos professores, use o que melhor se adapta a você. Faça muitos exercícios e provas anteriores, e analise de qual forma seu desempenho é melhor, e a adote como padrão;
Leia muitos livros, jornais e revistas, pois, diferentemente do que parece, você não está perdendo seu precioso tempo de estudo, e sim garantindo seus pontos na disciplina de Português;
No momento da prova mantenha a calma. De nada irá adiantar tentar ler e interpretar um texto se você estiver a ponto de explodir de tanto nervoso. Perder cinco minutos para tomar água, respirar e restaurar o equilíbrio pode definir uma aprovação.
Outra dica importante é não procurar pegadinhas onde elas não existem. Conheço algumas pessoas que deixaram de marcar a alternativa certa por achar que estava óbvia demais. Inclusive, apagar a resposta certa e colocar a errada momentos antes de passar a resposta para o gabarito oficial é um erro muito comum.
Enfim, a última dica, e a mais importante, é que acreditemos em nós mesmos, porque iniciar uma prova já derrotado é reprovação na certa, e nunca, mas nunca mesmo, desistir, pois no final sempre dá certo, não é mesmo, Douglas?
Bom fim de semana!
Abraço,
Simone Hartmann
8 comentários:
Excelentes dicas,Simone!!!
Vou aproveita-las com certeza!
Marcelo
SIMONE,ACHEI QUE VC TINHA ABANDONADO A GENTE!QUE BOM QUE ESTÁ DE VOLTA,E COM UM ARTIGO BACANÉRRIMO!!!!!!!!!!!!!!
DOUGLAS,NÃO DEIXA ELA SUMIR NÃO,NÉ!BJUS,
DÉIA
é iso aí,Simoneeeeeeeee
Otimismo acima de tudo....
Olá, Simone!
Obrigado pelas dicas e injeção de otimismo!
Eu sou um dos que não lêem (repúdio ao acordo) jornais, revistas e livros. Não por me focar nas matérias do edital, mas para fazer outras coisas mais interessantes. Não acho necessário ler sobre problemas ambientais, se não sou nem pretendo ser um ativista do Greenpeace. Creio que o ato de apenas se informar seja desnecessário. Assim ocupei meu tempo com jogos, comédias, relatos de concurseiros, exatas, Orkut, MSN...
A falta de leitura sempre me prejudicou em provas de conhecimentos gerais e em redação. Até mesmo na participação em "papo-cabeça".
Porém sempre obtive boas notas em provas de interpretação de texto. Tirei qse nota máxima na rigorosa discursiva da UNESP, o que me rendeu uma vaga em Engenheria (vestibular). Renderia uma bolsa para Medicina pelo ProUni (ENEM), se tivesse optado por isso.
Acho que a melhor maneira para se aperfeiçoar na interpretação de texto seja fazendo análise sintática (procurando sujeito, predicado, advérbio e notando o modo e o tempo do verbo).
Na minha opinião, que não tem uma boa interpretação de texto lerá mal as edições de jornais e revistas com as quais for treinar.
Também considero que leituras possam ser prejudiciais aos candidatos. Quem tem idéia formada sobre algo talvez entre em divergência com os escritos do texto de prova. Aí, a pessoa pode assinalar o que pensa, e não o que diz o texto.
Por exemplo, o autor duvida da existência de Deus, cita algumas passagens da bíblia e palavras de pesssoas de tentaram convencê-lo.
O candidato é um religioso fanático.
O enunciado da questão diz: segundo o autor, Deus:
a) está no meio de nós
b) não existe
c) está no céu
d) é uma lenda
e) tem existência duvidosa
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O cara pode refletir dando a respeito e se esquecer da opinião do autor, achando que este foi convencido. Aí o cara fica em dúvida entre a a) e c), quando, na verdade, a resposta é a e).
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Simone, quem tem o costume de decorar artigos tem dificuldade de interpretar texto? (Sem querer generalizar, claro!)
Acho que o hábito de leitura voltada para a decoreba prejudique a fluência da leitura dos candidatos.
O que vc acha?
Tbm acho que quem tem uma leitura rápida tbm não tenha paciência para aprender (decorar artigos). Melhor dizendo, tem muita dificuldade para executar essa tarefa.
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Obrigado pela atenção.
Brás Cubas
Simone, realmente, não existe certo ou errado, mas aquilo que dá mais conforto.
O certo é ter certa frieza e treinar sempre. O mesmo vale para redação: só se aprende escrevendo.
Raquel
Simone,concordo com você e a Raquel.Cada um tem que fazer da forma que achar melhor.Aliás,você estará na palestra do professor Douglas?Gostaria que sim,pois não só eu,mas muitos gostariam muito de te conhecer e tirar algumas dúvidas sobre concursos.
Abs
Paula
Simone,muito sensata sua colocação quando diz que devemos ter o hábito da leitura.Como vamos interpretar um texto se não conseguimos compreender simples assuntos de revistas,não é mesmo?E também é muito importatnte a gente estar atualizado pra prova de redação porque os temas são mesmo sempre do que está rolando na mídia.
Parabéns!
Nos ajude sempre,
Emerson-Pci(Caraguá)
Eu não concordo com o Brás Cubas! É lógico que é necessário ler muito para interpretar textos e fazer redação!!!É um absurdo dizer que leitura é prejudicial ao candidato!!!! A leitura nos ensina não só a interpretar textos e nos atualizar,mas ajuda a aguçar nosso vocabulário.
Ele deveria seguir o conselho da Simone,que já passou em um monte de concursos nas primeiras colocações, e outra coisa, ninguém aqui está falando de vestibular,e sim de concurso público.É muito diferente.
Gostaria de saber em quantos concursos públicos ele já passou usando este método de não ler nada...
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