Querido Professor!
Venho de todo o coração e com a maior felicidade do mundo deixar meu testemunho neste ilustre blog. Vou tentar resumir meu depoimento, pois diante da enorme felicidade facilmente ficaria escrevendo por longas horas.
Primeiramente quero agradecê-lo por toda a dedicação, empenho, paciência, e apoio dispensados a mim e a todos os seus alunos. Não há no mundo o que pague esse tipo de dedicação. Até mesmo porque você foi um dos responsáveis pela manutenção de minha confiança ao acreditar na minha capacidade. OBRIGADA!
Vamos então ao depoimento... espero que ajude outras pessoas a confiarem em si mesmos e acreditarem que todo esforço será recompensado!
A história começou bem antes da faculdade, já entrei na mesma com intenção de prestar concursos, mas por conta do meu serviço na época, de promotora de financiamentos bancários, não sobrava tempo nem mesmo para assistir as aulas da faculdade. Quase sempre chegava atrasada, mas, na época, precisava do serviço para bancar meus estudos, então me sujeitei a ele e larguei os concursos de lado.
Depois de formada, mudei meus objetivos, passei a desejar exercer a atividade advocatícia, assim estudei muito, prestei a OAB e consegui a tão sonhada e difícil carteirinha.
Até fiquei empolgada no início com essa nova atividade, mas logo percebi que não era bem isso o que eu queria. Percebi que havia me distanciado de meus objetivos iniciais, então resolvi começar a prestar concursos.
Comecei fazendo alguns ali, outros aqui, mas sempre sem preparação, estudando apenas quando saía o edital ou até semanas antes da prova, caindo literalmente de pára-quedas nos concursos, nunca conseguindo resultados expressivos.
Até que em agosto de 2006 resolvi assumir essa idéia, e, mesmo com curso superior (o que muitas vezes atrapalha em vez de ajudar), comecei um cursinho para oficial de promotoria no Unicursos. Trabalhava o dia todo, e à noite assistia às aulas. Nos fins de semana, quando não tinha aula, estudava, mas sem muito afinco. Fato este que me fez conseguir uma nota média neste concurso, porém abaixo da nota de corte, mas que me demonstrou a possibilidade de conseguir uma nota melhor.
Continuei estudando em casa, mas sem tanta concentração, afinal não é fácil ficar horas lendo e fazendo exercícios com o som do Jornal Nacional de fundo ou o vizinho cantando a mais nova música sertaneja das rádios.
Assim prestei outros concursos, tanto de nível superior como de nível médio, em cargos e áreas diferentes e em todos obtinha resultados medianos, mas nunca suficientes para uma classificação.
Por várias vezes pensei que estava perdendo tempo, que tudo era armado e que estava buscando algo impossível. Pensei em desistir, mas fui impedida de cometer essa loucura pelas pessoas queridas ao meu redor, que acreditavam em mim e confiavam na minha capacidade.
Foi quando começaram a ser divulgados concursos para escrevente em várias comarcas, e pensei: é a minha chance!
Admiti pra mim mesma que estaria então entrando numa guerra comigo mesma, mas que eu não desistiria daquilo até conseguir passar numa boa classificação.
Passei então a focar meus estudos, só prestava concursos do mesmo cargo ou que tinham a mesma matéria, para não desviar os estudos. Bolei uma estratégia de estudo, montei planilhas de horas e matérias que deveriam ser vistas e tentei cumpri-las na risca. Comecei com poucas horas de estudo e conforme o tempo passava ia aumentando gradativamente a quantidade de horas.
Confesso que não foi nem um pouco fácil! Tornei-me uma pessoa totalmente anti-social, nenhum dos meus amigos me convidava para sair. Festas? Nem era convidada mais. Recebia cobranças intermináveis de familiares e amigos por ter me tornado “anti-social”, sem mencionar o namorado. Sim, eu tinha namorado. Como sobreviveu? Com muito respeito e compreensão. Quem ama respeita!
E os feriados prolongados então, várias possibilidades de viagens, inúmeras propostas tentadoras, inclusive com aquele bordão: Você está estudando muito, merece um descanso! Era tentador, mas eu não conseguia, eu tinha sede de vitória e sabia do que precisava para consegui-la. Eu pensava: enquanto estarei viajando alguém estará estudando e passando a minha frente. Não posso deixar isso acontecer!
E é verdade, prestei para escrevente em Santos e não entrei dentro da nota de corte por 1 ponto, um pontinho apenas, isso apenas me tornou ainda mais sedenta pela conquista. Assim intensifiquei ainda mais os estudos.
Então prestei para escrevente do TJ Capital e consegui uma boa nota, e uma classificação mediana, fiquei em 1050º lugar. Mais uma vez retornei aos estudos. Não parei de estudar, estudei continuamente entre todos os concursos prestados.
Prestei então para escrevente de São José, o local que eu mais queria, minha garra e força de vontade aumentaram e consegui ter um aumento na nota que me deixou no 28º lugar, mas ainda assim, para mim, não era suficiente.
Continuei estudando e nos meses anteriores a prova de Guaratinguetá já estava com uma carga horária de estudos bem puxada, mas eu nem sentia.
Importante frisar que nunca abandonei o trabalho, afinal precisava dele para manter meus estudos. Desse modo, nos últimos meses que antecederam a prova para escrevente de Guaratinguetá, trabalhava das 9:00 as 18:00hs, chegava em casa por volta das 18:30, comia algo, tomava banho e iniciava os estudos as 19:00hs, dava um intervalo de 15 minutos a cada 1 hora para descanso e manter a concentração, parava de estudar apenas as 23:30 da noite, pois também precisava de uma boa noite de sono para trabalhar no dia seguinte.
Aos sábados começava os estudos as 8:00hs da manhã, parava ao meio dia para almoço, retornava as 13:00hs, parava novamente as 19hs para lanche/banho, e se tivesse pique retornavas as 20hs e ficava até as 22hs.
Aos domingos iniciava as 9:00hs da manhã, almoçava das 13hs, retomava os estudos as 14hs e parava as 17:30hs, sempre dando intervalos de 15 minutos a cada 1 hora, para não ficar cansativo e não perder a concentração, eis que esse sempre foi um dos meus piores problemas para estudo.
Apesar do horário ser puxado não era ruim, você se habitua com os estudos e sem perceber vai aumentando a carga horária. Cheguei ao ponto de sentir falta dos estudos se eu ficasse apenas 30 minutos longe deles. Pra onde eu ia levava um caderninho ou um livro de exercícios.
Sempre tinha em mente que TODO ESFORÇO É COMPENSADO! E que esse esforço valia a pena. Só de pensar na estabilidade, nas férias, no pagamento garantido no final do mês, entre outros benefícios, ganhava força e coragem para seguir em frente sem olhar para trás.
E foi assim que cheguei até aqui, que fui surpreendida hoje, através de uma classificação prévia efetuada pelos colegas do Fórum PCI, de que eu fiquei empatada entre o 5º e o 6º lugar, entre as vagas previamente definidas no edital.
Não tenho como explicar a sensação que eu tive! Uma felicidade enorme invadiu o meu ser e eu não conseguia nem mesmo dar a notícia pra conhecidos. Minha meta foi alcançada, eu consegui!
Por isso posso dizer aos meus colegas de estudos e todos aqueles que estão já algum tempo ou simplesmente iniciando essa empreitada: NUNCA DESISTAM! TENHAM FÉ! ACREDITEM EM SI MESMOS! SEJAM PERSISTENTES E DETERMINADOS, pois um dia todo o esforço será recompensado, e bem recompensado!
É isso ai! Novamente obrigada Professores Douglas, Fábio, Lindinha, e todos os outros professores do Unicursos, bem como meus amigos e todos aqueles que me deram força ao longo dessa jornada.
Priscila Sampaio
7 comentários:
Priscila, parabens pela conquista, parabens MESMO!! Eu sei muito bem a luta, o esforço, a dedicação, o comprometimento e a disciplina nos estudos que você deve ter tido, pois eu tambem estou nesta luta desde o concurso de Santos. E por fim, acabei ficando empatado com voce na prova de Guará, com nota 9,2. Estou muito feliz também e faço de suas palavras as minhas. Um abraço pra você e espero encontrá-la trabalhando como Escrevente em breve.
Alessandro M. F. de Oliveira.
Olha...legal os depoimentos que vc coloca professor...mas desanima...
Existe alguém que tenha passado sem estudar como louco 24 horas por dia?
Impossível, não é?
Todo esse pessoal que deixa depoimento tem o mesmo perfil: estudantes, beirando 20 anos, vivendo com papai e mamãe, sem trabalhar, sem filhos, com todo o tempo do mundo disponível...
Assim é fácil demais...
Obrigada Alessandro! Parabéns pra vc tb! Afinal, como vc mesmo mencionou, é uma luta e conseguimos vencer! Com certeza nos encontraremos em breve, de preferência já exercendo o cargo. Abraços!
Priscila Sampaio
Estimado Anônimo,
o depoimento da Priscila Sampaio acaba por revelar exatamente o contrário, como se observa abaixo:
"Importante frisar que nunca abandonei o trabalho, afinal precisava dele para manter meus estudos. Desse modo, nos últimos meses que antecederam a prova para escrevente de Guaratinguetá, trabalhava das 9:00 as 18:00hs."
É isso aí.
Prof.Douglas, completando o que vc disse ao prezado anônimo, eu também não tenho o perfil que ele imagina, pois tenho 35 anos, sou casado, tenho uma filha e não vivo com papai e mamãe. O que eu posso dizer a vc é que o que faz toda a diferença é o QUERER. Quando a gente quer de verdade, a gente arruma tempo, vai a luta e CONSEGUE. O tempo de estudo não é o mais importante, e sim a qualidade do estudo. Um abraço a vc anônimo e que vc consiga atingir seu objetivo brevemente.
Alessandro.
É anômino, mãos a obra e olhos nos libros, gambate, avante!
Parabéns Priscila.
Talvez nos encontremos no Tribunal de Sanja...em breve e mto breve :D
Éric
Obrigada Éric! Deus te ouça!
Querido Anônimo! Algumas considerações para você:
"Invejar é do queixoso e do doente; agradecer é do que está satisfeito." (Sêneca)
"Eu me esforço para ser invejado, não para invejar." (Albertano da Brescia)
"A inveja é sintoma de incompetência." (Autor desconhecido)
A inveja só traz rancor, amargura e desânimo, não é um sentimento bom e nem de Deus. Não se deixe abalar por ela, tente ser superior, lute pelos seus objetivos e consiga sua glória. Com força de vontade você chega lá.
Abraços e Boa Sorte nos estudos. Você Pode!
Priscila Sampaio
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