segunda-feira, 6 de junho de 2011

A DIFÍCIL ESCOLHA... (atualizado hoje, 01h25)

Gente,

Lembro-me perfeitamente do dia em que saiu o edital do MPU: a Graziela já fazia o curso Extensivo do MPU e decidiu imediatamente. Disse: "estou trocando o MPU pelo TJSP" por questões que ela nos conta no artigo abaixo, a meu pedido, para ajudar os amigos que ainda estão em dúvida.

Na mesma sala da Turma Extensivo MPU tinha a Fabiana, que apostou todas as fichas no MPU. Ela também  deu o seu depoimento.

Desde já, meu agradecimento a Graziela e a Fabiana.

Aguardo os comentários dos que já decidiram e dos que ainda estão pensativos...

abs.,

Douglas...

Razões da troca MPU por Estcrevente:

Quando eu tomei esta decisão, eu estava numa fase bem delicada. Eu fazia cursinho preparatório para o MPU há uns 4 meses, ao mesmo tempo em que fazia o curso de formação para Controlador de Tráfego Aéreo da Infraero. Para mim, eu iria trabalhar no aeroporto de Guarulhos ou Viracopos mas, no fim do curso, quando saíram as vagas, aconteceu o inesperado e não tinha vaga para nenhuma dessas duas cidades. Eu tive que optar por outra, que no caso foi Joinville e decidir o que eu ia fazer da minha vida. Tive duas semanas para decidir se irira para o sul ou se ficaria em São Paulo para tentar o MPU. Decidi por ficar e me matar de estudar para o MPU. Eu tinha uma carta na manga, que era o oficial de Defensoria. Eu era a próxima a ser chamada em Campinas. Decidi que iria assumir quando fosse chamada, para não ficar sem ganhar dinheiro. Mas, mais um inesperado aconteceu. Saiu o edital do MPU e, para a surpresa de todos que estudavam com base no último edital, as matérias que iriam cair foram quase que totalmente modificadas. Lá fui eu para mais uma decisão em menos de 1 mês. O que fazer? Eu não tinha base de nenhuma daquelas matérias e teria mais ou menos uns 2 meses para estudar tudo aquilo, fazer um concurso da CESPE, que eu tenho muita dificuldade. Nessa hora, resolvi dar uma olhada no edital do escrevente. Eu nem tinha pensado na possibilidade de prestar esse concurso quando saiu o edital, pois era um concurso estadual, prova da Vunesp onde você precisa quase que gabaritar e o salário era bem menor comparando-se com os do MPU. No desespero, acabei indo numa palestra do Professor Douglas antes de começar o cursinho preparatório para este concurso. No fim da palestra estava decidido: Eu tinha acabado de mudar de planos. Teria apenas 1 mês e meio para estudar para uma prova muito fácil, uma concorrência muito grande e matérias que eu já tinha muito mais afinidades. Não me arrependo da troca. Eu me dediquei muito, a minha vida era só estudar nesse tempo. Eu sabia que precisava fazer aquilo, sabia que precisava estudar não para ir bem na prova, mas sim, para gabaritar a prova. Deu certo, passei no concurso e hoje estou trabalhando no TJ!
Essas escolhas não são nada fáceis, mas isso acontece muito. Vários editais saem de uma vez só e nós precisamos escolher. Nesse meu caso, tive que optar pelo que parecia mais certo. Eu acreditava que passar para escrevente era muito mais fácil e muito mais garantido que para o MPU, e eu precisava passar o mais rápido possível, pois o salário de oficial de Defensoria não era suficiente para eu me sustentar. A quantidade de vagas para escrevente era maior (em SP), a prova mais fácil, a organizadora, no meu caso, infinitamente mais fácil, a matéria que eu já tinha mais afinidade. Por essas razões eu acabei trocando. Eu acho que concurso tem que ir passo a passo, degrau a degrau. Não dá pra querer o mais difícil, o que ganha mais logo de cara. Precisa ganhar experiência, adquirir bagagem. Não era o momento de passar no MPU naquela situação. Era momento de prestar um que eu tivesse uma "garantia" de aprovação. Daqui a um tempo, sai concurso de novo para o MPU e para diversos outros. O que me impede de estudar e passar? Nada. E quando sair, eu não terei este dilema para decidir de novo...quem sabe em fique em dúvida entre prestar MPU ou Receita Federal? E aí eu vou subindo mais um degrauzinho da escada!


Graziela Sgarbi de Oliveira

...


Lembro-me da Grazi no curso do MPU e fiquei surpresa quando soube que o trocou pelo TJ. Tenho certeza de que sua escolha não foi fácil, mais ela foi recompensada e este é só o início.

Na época resolvi ir até o fim com o MPU, afinal era o meu 1º curso - fora o básico de português e matemática - 
e eu, da área de educação física, não tinha noção das matérias de qualquer concurso que fosse!! rsrsrs

Hoje, vendo meu nome no cadastro de reserva não me arrependo da escolha que fiz, pois conquistei conhecimento e maturidade que se tivesse optado pelo TJ não conseguiria. Me sinto confortável para prestar concursos federais e minha maior escolha foi abandonar parte da carga horária do meu trabalho para me dedicar aos estudos (metade do salário de professor do Estado, imaginem o que sobrou?! kkkk).

Sempre que estou cansada, como agora após horas de leitura sobre direito eleitoral, penso que não estou perdendo tempo e sim ganhando, ganhando a minha futura qualidade de vida. Caetano Veloso disse: "Hoje, com a idade que tenho, posso dizer que dá tempo para tudo, mesmo que os jovens não acreditem."
Vai dar tempo de eu ser aprovada, de aproveitar a vida e lembrar o quanto essa fase foi importante pra mim. Vai dar tempo para todos que realmente se dedicarem e acreditarem que é possível.
Parabéns Grazi e boa sorte a todos!



Fabiana M.


.....

* apostila: Exercícios de Constitucional e Processo Civil para Oficial de Promotoria do MPSP 2011 - R$ 25,00 com entrega grátis! pedidos: mdoliveira@gmail.com - apostila oficial de promotoria


** assim que a apostila estiver pronta, responderei a todos os emails;


*** sábado começa o cursinho do Unicursos SJC com a palestra da oficial de promotoria Aline Pedreiras;


**** sábado e domingo, 18 e 19-6, tem a prova prática simulada do TJSP do Prof. Douglas em Campinas e SJCampos. Não percam!

6 comentários:

fernandamarialeite disse...

Boa tarde a todos!

A atitude da nossa colega Graziela nos ajuda a refletir melhor sobre nossas escolhas. Há aquelas pessoas que já estão decididas e, se estão convictas mesmo daquilo que querem, na minha opnião, vale a pena insistir até passar em um determinado concurso. Mas por outro lado, é válido também abrir o leque de possibilidades, como relatou nossa colega, que, por motivos de força maior (financeiro, por exemplo),acabou optando por um concurso que tinha mais chance de passar. Mesmo assim ela ainda almeja o MPU, simplesmente aquela não era a hora certa para ela. Cada um vive uma realidade e tem que tomar decisões, muitas vezes rápidas, para alcançar ou chegar próximo do objetivo principal. Na minha opnião, é válida a idéia de subir um degrau por vez. Às vezes, no meio do caminho, acaba-se encontrando até uma afinidade que não se conhecia por determinada área/função.
Eu estou aprendendo muitas coisas novas no curso preparatório para analista do INSS, é a primeira vez que ingresso neste mundo de concursos fora da minha área. Sou formada em farmácia e tudo para mim na área de direito é novidade e confesso que estou apaixonada!!!
E caí meio que de pára-quedas no cursinho do INSS. Minha área não oferece muitos concursos atrativos na região, são pouco frequentes e os salários são baixos. Decidi estudar para concurso em outras áreas, entrei meio perdida, acho que ainda estou, mas vou me encontrando aos poucos. Quando resolvi estudar para concursos fora da área da saúde, queria de cara a Receita federal. Foi o salário que me atraiu, mas fiquei com receito de não acompanhar, por estar muito inserida na área da saúde que não tem nada a ver...Preciso continuar conhecendo pessoas da área e preciso saber como é o dia-a-dia destes funcionários, pois não basta um salário alto, quero me sentir realizada na profissão, quero trabalhar com satisfação, prazer e dedicação.
Como disse, estou gostando da área de direito (Constitucional, Previdenciário), então quem puder me dar umas dicas, agradeço.

Fernanda

fnmpleite@hotmail.com

Fabiana disse...

Lembro-me da Grazi no curso do MPU e fiquei surpresa quando soube que o trocou pelo TJ. Tenho certeza de que sua escolha não foi fácil, mais ela foi recompensada e este é só o início.
Na época resolvi ir até o fim com o MPU, afinal era o meu 1º curso - fora o básico de português e matemática - e eu, da área de educação física, não tinha noção das matérias de qualquer concurso que fosse!! rsrsrs

Hoje, vendo meu nome no cadastro de reserva não me arrependo da escolha que fiz, pois conquistei conhecimento e maturidade que se tivesse optado pelo TJ não conseguiria. Me sinto confortável para prestar concursos federais e minha maior escolha foi abandonar parte da carga horária do meu trabalho para me dedicar aos estudos (metade do salário de professor do Estado, imaginem o que sobrou?! kkkk).

Sempre que estou cansada, como agora após horas de leitura sobre direito eleitoral, penso que não estou perdendo tempo e sim ganhando, ganhando a minha futura qualidade de vida. Caetano Veloso disse: "Hoje, com a idade que tenho, posso dizer que dá tempo para tudo, mesmo que os jovens não acreditem."
Vai dar tempo de eu ser aprovada, de aproveitar a vida e lembrar o quanto essa fase foi importante pra mim. Vai dar tempo para todos que realmente se dedicarem e acreditarem que é possível.
Parabéns Grazi e boa a todos!

Anônimo disse...

Oi grazi!!! parabéns pelo relato!!!! bjs F.S.

Anônimo disse...

Saiu mais uma porção de nomeação de Escreventes!!

B.C.

Grazy disse...

Fernanda, eu tbm caí de para quedas no mundo dos concursos. Sou engenheira e terminei a faculdade e comecei a fazer o cursinho da policia federal. Nao entendia nada de direito, boiava nas aulas, até q saiu o concurso do TRT-RJ, e eu comecei a estudar e me encontrei. No começo é complicado, principalmente pra quem não é da área, mas a gente vai aprendendo devagarinho e chega lá. Hj eu já tenho uma base boa de varias matérias, mas tenho muito a aprender e muito concurso pra prestar ainda. Não desista nunca!!

fernandamarialeite disse...

Obrigada pela força, Grazi! Não vou desistir, e boa sorte para vc neste caminho, que vc cresça cada vez mais!
Abraços!