"Concurso sem preconceitos"

Temos conhecimento de que o fenômeno dos concursos é geral e todo mundo hoje quer ter seu cargo na Administração Pública.

O que também sabemos é que a motivação para muitos enfrentarem uma seleção pública é a flagrante deslealdade do setor privado frente ao trabalhador. Seja nos direitos trabalhistas muito vilipendiado pelas fraudes e simulações para burlar a lei, seja no momento do recrutamento.

Uma das maiores inseguranças para um profissional é, além de ser bem qualificado profissionalmente, precisar ter "o perfil da empresa". O que é isso? Trata-se de algo tão vago, mas tão impreciso, que nos parece algo como cair no gosto do psicólogo do RH.

Há também o critério da "boa aparência". Meu Deus, o que isso quer significar? Corpo e rosto de modelo? Não sei mesmo!

Realmente, com uma oferta tão pequena de empregos no setor privado e uma demanda tão grande por emprego (algo que parece fadado à extinção), só com uma medida dessas para selecionar candidatos a uma vaga.

Por buscarem condições melhores de vida, de trabalho, de realização pessoal, muitas pessoas se tornam concurseiras. Pois é...o setor privado está perdendo excelentes profissionais porque não preenchem tais "requisitos". Paciência!

O concurso público atrai os profissionais que são perseverantes, os que são competentes independentemente de aparência, gostos pessoais ou quanto tempo você está fora do mercado. O que realmente importa é a sua dedicação e idoneidade como cidadão. É algo extremamente democrático!

Por isso, leitores do site do professor Douglas, digo-lhes: se vocês estiverem querendo dar uma virada em suas vidas e acharem que o caminho é através dos concursos, sempre haverá a oportunidade de começar! Ou então, de continuar! O que importa é perseverar na luta até a posse acontecer!

Desejo-lhes um excelente Natal, com muita alegria e paz. Que todos os sentimentos de esperança brotem em seus corações.

Raquel Monteiro-RJ - advogada/professora e concurseira