sexta-feira, 20 de abril de 2007

Manuel Bandeira

Ontem (19/4/1886) seria aniversário do extraordinário poeta Manuel Bandeira.

Em sua homenagem, segue a poesia abaixo:


O último poema


Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

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