Dopping Concurseiro: as duas faces da moeda.
Outro dia, li uma reportagem no Jornal O Globo que me chamou muito a atenção. O texto tratava das pessoas que usam remédios para estudar, trabalhar, não dormir para encarar a jornada dura de estudos.
Na década de 80, a prática ficou muito conhecida por causa dos yuppies do mundo corporativo. Esses eram pessoas que trabalhavam sob uma jornada de trabalho muito extenuante e sob muita cobrança e medo de perder a posição conquistada.
Transportando isso para o mundo concurseiro, muita coisa há de semelhante: as pessoas querem resultados rápidos, muito rápidos. Elas querem ser super heróis. Para isso, fazem uso de todo tipo de recurso normal e anormal.
Dentre os anormais, estão o uso desnecessário de medicamentos. Ocorre que, muitos desses compostos químicos usados causam dependência e tem muitas reações adversas. Outros são de uso contralado, mas são vendidos por formas excusas. Há também os que são substâncias ilegais. Enfim, para conseguir concorrer com a massa, há quem passe por cima de qualquer barreira, até a legal.
Existem os defensores da falácia de que algumas substâncias são naturais e não podem ser prejudiciais à saúde. O que essas pessoas desconhecem é que muitas das drogas ilícitas no Brasil são diretamente extraídas da flora e da fauna.
O benefício, se existe, fica muito reduzido face aos efeitos colaterais que apresenta. O fato é que o corpo humano, mesmo com todas as necessidades que temos, precisa ser respeitado. Existe um limite diário de carga de estudo, de trabalho que se pode aguentar. A natureza é muito sábia, pois nos condiciona para estabelecermos tais ciclos: de sono, higiene, refeição etc.
Há também os contornos éticos que a questão suscita. Será que essas pessoas que usam tais aditivos estão sendo uma concorrência leal com os que não usam? Essas pessoas usuárias de medicamentos sem supervisão médica seriam profissionais éticos, confiáveis? Os benefícios compensam mesmo os efeitos colaterais de tais remédios? A questão é muito polêmica.
Por isso, caso exista algum problema de saúde que o (a) impeça ou que o (a) faça reduzir o ritmo de estudos, não recorra a tais medicamentos sem que exista uma orientação médica. Pode ser que você, de fato, necessite usar algum tipo de remédio, mas isso só compete ao médico decidir. Só ele pode escolher a substância e se o uso dela é realmente necessário. A automedicação é extremamente perigosa.
Para nos animar um pouco, aqui vai um clipe do Marron 5:
http://www.youtube.com/watch?v=sAebYQgy4n4
Raquel Monteiro-RJ - advogada/professora e concurseira
16 comentários:
Raquel, muito bom o artigo! Também vi algo a respeito no jornal.
As pessoas que querem resultados rápidos, de tão ansiosas, acabam por se esquecer que cada uma veio de uma realidade diferente, de famílias, escolas e empregos diferentes, e que não adianta fazer comparações, usar exemplos e atropelar a vida deste jeito.
Tudo tem seu tempo, e tomar medidas radicais como ingerir essas drogas definitivamente não é um caminho, mas uma fuga.
Boa semana!
Abs,
Simone Hartmann
Obrigada Simone!
Acho que razoabilidade é o segredo do sucesso.
Um abraço e boa semana,
Raquel Monteiro
Douglas,com essas duas colunistas você não precisa de mais nada no seu blog!
Elas são excelentes!
Aliás,a Raquel já disse quem é,onde mora,qual a profissão...E a Simone?Além de concurseira(a melhor...hehe),o que faz?
Parabéns!
Arnaldo
Professor Douglas, você viu o que aconteceu no Haiti??
Realmente a vida não espera, como a Dra Si disse. Por que você não fala algo a respeito disso para seus leitores, sobre aproveitar a vida? Tem havido tantos desastres desde o inicio do ano que está na hora de darmos valor a nossa vida,não é mesmo!
Obrigada, Arnaldo!
Um abraço e continue nos acompanhando.
Raquel Monteiro
Boa Noite!!!!!
Nada...
Parabéns pelo artigo, Raquel!
Tenho conhecidos que utilizam alguns medicamentos para um suposto ganho de tempo e rendimento. Acredito que a "fuga" é uma questão de valores pessoais, como voce mesma falou: "ética"
A ansiedade é inerente às pessoas que decidem trilhar o caminho dos concursos. Cabe a elas, usando técnicas de relaxamento, exercícios físicos (com o exercício físico, o corpo produz as substâncias necessárias para a sensação de bem estar), alimentação saudável, noite de sono, decidirem quais seus valores e objetivos.
Peço reflexão e desejo um 2010 cheio de realizações.
Abraços!!!!!
Rafael.
Olá Raquel!
Ao contrario do que disse o Rafael,acho que nenhum calmante é valido pra concurseiro,a não ser que esteja doente mesmo.
Tenho um colega que passou muito mal usando medicamentos pra dormir.Não sei bem o que houve,mas a pressão dele baixou demais e ele foi parar no hospital dois dias antes da prova.Nem preciso dizer que ele se deu mal!
Eu acho que além de ser arriscado pra saude tomar esses remedios,diminui o rendimento e a concentração pra estudar.
É normal estar ansioso e temos que enfrentar esses sentimentos!
O lance é estudar e ter coragem pra lutar,como todo mundo faz,sem se drogar pra isso.
Ana
O NEGOCIO É FUMAR UM ANTES DA PROVA!!!!!!!!!
HUAHUAHUAHAUHUAHUAHAUHAUAHUHUA
Acredito que eu não tenha conseguido passar o meu pensamento sobre o assunto de forma clara para a colega Ana.
O que foi colocado no meu comentário, é que algumas pessoas se valem desse subterfúgio (isso é fato!!!). Em momento algum defendi tal atitude, tanto que incentivo outras formas de diminuir a ansiedade.
Eu sou totalmente contra o uso de medicamento sem prescrição médica, esses são os valores que quis passar.
Agradeço a oportunidade de me explicar e interagir com os colegas.
Um abraço!!!
Douglas........KD VC???
Já tomei Red Bull com whisk pra ficar acordardo por mais tempo na balada. Mas depois você dorme aquilo que vc ñ dormiu e fica mais cansado do que o normal. Demoro uns 2 dias pra ficar bem. Mas isso é normal, metade dos baladeiros fazem isso rsrs
Agora qdo o fato é pra estudar, acho que ñ vale a pena, visto o que eu disse sobre o cansaço e outros possíveis efeitos colaterais.
A Rachel e a Si são the best of bether!
Bjos meninas!
*Excelente artigo pra se debater, hein, Rachel!!! Te vejo no CS! See ya!
eitaaaaaa bloguizinho desatualizado!
onde tá tu professor?????
Já fiz uso da Ritalina a tal "droga da inteligência", utilizada por pacientes com hiperatividade. Mesmo com todos contrariando minha decisão, até mesmo meu namorado que é estudante de medicina, foi super contra e explicitou os efeitos colaterais, me arrisquei. Como cada organismo reage de uma forma diferente ao medicamento, eu tive sonolência durante a prova (naum fiz o uso antes pra testar...) Resultado: me prendi demais ao texto, me concentrei demais e não produzi nada. Resultado. Reprovação por 0.69 pontos... se não tivesse feito o uso, talvez teria lografo êxito. Experiência própria: não vale a pena!
Desaprovo o consumo de substância ilegais..
Mas confesse que já usei, uso e usarei...se isso me fizer sentir mais segura.
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